HYBE enfrenta polêmicas por documentos vazados com críticas a idols menores de idade
- prodnafita
- 3 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 21 de fev.
Auditoria da Assembleia Nacional expõe práticas controversas da agência, incluindo comentários ofensivos sobre aparência de idols e táticas de venda de álbuns questionáveis.
A agência de entretenimento HYBE, amplamente reconhecida por gerenciar grupos de K-pop de destaque como o BTS, está no centro de uma controvérsia após a divulgação de documentos internos durante uma auditoria promovida pela Assembleia Nacional da Coreia do Sul. Os relatórios incluem comentários considerados desrespeitosos sobre a aparência física de idols menores de idade, levantando questionamentos sobre as práticas internas da empresa.
Nos documentos vazados, a HYBE Labels compara desfavoravelmente seus grupos e idols com os de outras agências, utilizando o sucesso do BLACKPINK como referência para suas metas. Em algumas partes, há críticas direcionadas a grupos como aespa, mencionando "performances insatisfatórias", bem como observações depreciativas sobre a altura e aparência de integrantes do Stray Kids e sobre o "apelo sexual" de Yuna, do ITZY. Comentários similares também foram registrados sobre outros grupos e idols, incluindo NMIXX, BABYMONSTER, Wonder Girls, NCT, TWICE e IVE.
A auditoria, conduzida pelo Comitê de Cultura, Esportes e Turismo da Assembleia Nacional, incluiu a apresentação de um relatório intitulado "Relatório Semanal da Indústria Musical", preparado pela HYBE e revelado pelo deputado Min Hyung-bae, do Partido Democrático da Coreia. Destinado a executivos de alto escalão da empresa e suas subgravadoras, o documento continha frases como: “Eles debutaram os membros em uma idade inadequada, nenhum traço físico se destaca”, “A cirurgia plástica foi exagerada” e “Outros membros são chocantemente pouco atraentes”. Embora os nomes específicos dos idols e grupos não tenham sido mencionados, as declarações causaram ampla repercussão.
O deputado Min condenou duramente o conteúdo revelado, qualificando-o como desumano e inaceitável, especialmente por envolver menores de idade, e destacou que tais avaliações infringem as leis de proteção aos direitos de crianças e adolescentes na indústria do entretenimento, regulamentadas pelo Ministério da Cultura sul-coreano.
Em resposta, Kim Tae-ho, diretor de operações da HYBE e CEO da Belift Lab, subsidiária da empresa, declarou que os relatórios não representam a posição oficial da HYBE e refletem apenas opiniões que circulam online. O Ministro da Cultura, Yu In-chon, também presente na sessão, expressou sua preocupação, afirmando que “as expressões são excessivas, especialmente considerando que funcionários e familiares podem ter acesso a esses documentos”.
Acusações de manipulação de vendas
Durante a audiência, o deputado Min também acusou a HYBE de inflar números de vendas de álbuns, apresentando dados que indicam práticas de venda com cláusulas de devolução, o que teria inflado artificialmente os números da primeira semana em até 200.000 cópias. Essas unidades, segundo Min, seriam devolvidas após uso promocional, manipulando as métricas de venda iniciais. Kim confirmou a existência de duas transações “retornáveis” no ano anterior, mas alegou que tais práticas não fazem parte das políticas da empresa, atribuindo a responsabilidade a funcionários de níveis hierárquicos inferiores. Desde então, a HYBE teria implementado novas diretrizes para evitar a repetição dessas práticas.
O ministro Yu enfatizou a necessidade de maior ética, sublinhando que “a HYBE não é mais apenas uma empresa nacional, mas uma marca de renome global”.
Suposto plágio de conceito envolvendo o NewJeans
Além disso, surgiram acusações de que a Belift Lab, subgravadora da HYBE responsável pelo grupo feminino ILLIT, teria plagiado o conceito visual do grupo NewJeans, desenvolvido pela Ador, outra subsidiária da HYBE sob a liderança da ex-CEO Min Hee-jin.
Kim negou as alegações de plágio e afirmou que a HYBE aguarda a decisão judicial após ter movido ações civis e criminais contra a ex-CEO Min Hee-jin.


Comments